
Lilly Baniwa é artista da cena, atriz, diretora, performer e pesquisadora indígena. Nascida na comunidade Nazaré do Rio Içana, no noroeste amazônico (povo Baniwa), traz em sua trajetória a força da memória, da ancestralidade e da espiritualidade indígena, transitando entre aldeia e cidade, palco e floresta.
Formada em Artes Cênicas pela Unicamp (2023) e atualmente mestranda em Artes da Cena (Unicamp), Lilly também estudou Engenharia de Computação antes de escolher o teatro — experiência que gosta de mencionar por revelar que a arte e a ciência podem dialogar, e que sua busca sempre foi por caminhos de criação e conhecimento.
Sua pesquisa artística se ancora no corpo-território, no pussangar (gesto de cura, afeto e espiritualidade), na memória e na natureza como fundamentos de um fazer cênico que atravessa fronteiras. Atualmente, desenvolve a pesquisa “Teatro Indígena na Contemporaneidade”, em diálogo com a ancestralidade.
Trajetória e Criações
- SER-HUMA-NÓS (2023) – Espetáculo autoral que entrelaça memórias de dor, renascimento e força ancestral da mulher indígena Baniwa.
- Nós Somos Rio (2025, Hannover, Alemanha) – Performance coletiva conectando vozes e águas de biomas brasileiros à cena europeia.
- Confluências (Festival Theaterformen, Alemanha, 2024) – Obra em diálogo com técnicas ancestrais, cantos e corporeidades indígenas.
- Antes do Tempo Existir (MitSP – Mostra Internacional de Teatro de São Paulo, 2022; Cena Contemporânea, Brasília, 2022) – Atriz-criadora.
- Cartas para a Independência (2022) – Atriz em projeto da cantora e compositora Glaucia Nasser.
- A Leitura do trechos do livro A Queda Do CEU, de Davi kopemawa transcriados para a linguagem teatral por Zé Celso, Teatro Oficina Uzyna Uzona. (2024)
Obras Audiovisuais
- Performance Manifesto LITHIPOKORODA (2021) – Roteiro e direção, contemplado pela Lei Aldir Blanc.
- Ooni (2021) – Criação e direção, contemplada pela Lei Aldir Blanc.
- Nós, entre ela e Eu (2022) – Criação audiovisual apresentada em festival internacional.
- Ramo de Rio (2021) – Curta audiovisual contemplado pela Lei Aldir Blanc.
Residências Artísticas
- TEPI – Teatro e os Povos Indígenas (2023)
- Travessia (São Paulo, 2024)
- Terra Batida (Portugal, 2025)
- Festival Theaterformen (Alemanha, 2024/2025)
Formação Acadêmica
- Mestranda em Artes da Cena – Unicamp (em andamento), com pesquisa em Teatro Indígena na Contemporaneidade.
- Graduação em Artes Cênicas – Unicamp (2023)
- Pesquisa: Arte dos povos indígenas Baniwa – Grafismo – Universidade Estadual do Amazonas (2016/2017)
Publicações
- “Nós, entre ela e Eu – Teatro e os povos indígenas: Janelas abertas para a possibilidade” (N-1 edições, 2021)
- “Troca dos conhecimentos dos nossos avós ou ancestrais” (MAM – Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, 2022)
- Entre outras publicações acadêmicas.
Atuação como Educadora e Mentora
- Aulas, oficinas e mentorias sobre teatro indígena, corpo-território, memória e ancestralidade.
- Diretora artística do Grupo PussangarTeatro.
- Experiência em formação de jovens artistas indígenas em São Gabriel da Cachoeira (Projeto Performatividades Identitárias).
- Professora convidada na Escola de Teatro Célia Helena (em parceria com Itaú Cultural, 2022/2023/2024).
- Cursos, palestras e rodas de conversa em espaços como Sesc, Universidades e festivais nacionais e internacionais.
- Atua também como mentora de processos criativos em teatro, performance e artes indígenas contemporâneas.
Contato
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